quinta-feira, 28 de maio de 2009

Busca por um Futuro

Após graves denuncias, qual será o futuro do Baseball e Softball nacional?

No dia 26/01/2009 foi publicado (na Abril.com) uma breve matéria sobre uma serie de denúncias formalizadas contra a CBBS (Confederação Brasileira de Baseball e Softball), que vão de envolvimento com Bingos ilegais ate má administração. Mas afinal, o que é baseball?

A origem do baseball envolve muitos mistérios, porém, a “origem” mais aceita é a de que o Baseball é uma evolução do “cricket” e se desenvolveu na Inglaterra e posteriormente levado aos EUA através de colônias. O Softball, por sua vez, é uma adaptação do Baseball, esta modalidade era jogada inicialmente de modo “indoor”, dentro de quadras fechadas, porque os praticantes de Baseball queriam continuar praticando a atividade mesmo na época de nevascas rigorosas e geadas. O baseball e Softball chegaram ao Brasil em meados do Séc. XIX, com a vinda de funcionários norte-americanos e se fortalecendo no inicio do Séc. XX com a chegada dos imigrantes japoneses.

A CBBS foi fundada em 03/02/1990 e hoje conta com 06 federações e tem mais 04 em formação, isto equivale a cerca de 120equipes, sendo que as principais delas estão no eixo São Paulo-Paraná. Ao todo são mais de 25mil praticantes de ambas modalidades espalhados por todo o Brasil.

Maria Fernanda, realizadora das denúncias, alega que “Ficava na arquibancada aprendendo as regras e ouvindo o pessoal falar mal da CBBS (...). Meu intuito era apenas saber se o que todos diziam tinha algum fundamento. Ao me deparar com uma pesquisa bem grande, não podia guardar essa informação só pra mim, eram provas graves, divergências gritantes. Foi então que fiz a denuncia (...)”. Para ela sua atitude fez com que os dirigentes dos diversos clubes existentes abrissem seus olhos e começassem a se interessar mais pelo que está ocorrendo e assim cobrar a CBBS e seus dirigentes, fazendo com que assim mostrem o real motivo de sua existência, corrigindo seus erros e voltarem a dar atenção aos “esquecidos” times do interior.

Mesmo após tantas conturbações, Fernanda acredita que não possam lhe fazer mal e muito menos a carreira de seu marido, o jogador Jô Matsumoto que joga na liga semi-profissional norte-americana, seu único medo é que pessoas má intencionadas possam fazer algo contra sua família em especial a sua filha.

A CBBS por sua vez alega que estas denúncias são caluniosas e infundadas e através de seu corpo Jurídico já se pronunciou ao Ministério Publico. Jorge Otsuka, presidente da CBBS, afirma que a imagem da confederação não foi afetada e que após a publicação na mídia receberam inúmeras mensagens de apóio e de solidariedade, sendo assim nada mudou, continuam realizando o mesmo trabalho que sempre realizaram.

A parte mais afetada foram os atletas, que no meio desta queda de braços ficam sem saber o que realmente está acontecendo. Por incrível que possa parecer, a grande maioria dos atletas só tomou conhecimento do ocorrido por comentários em campo, por técnicos e colegas e só então foram a internet buscarem informações. Muitos atletas preferiram não opinar sobre o assunto e os poucos que deram suas opiniões disseram que se confirmada a veracidade destas denúncias será um fato vergonhoso para o esporte, que “é profundamente doloroso ver que pessoas que deveriam estar comprometidas com o esporte vêem nele uma forma de lucrar e se auto beneficiar”, mas infelizmente os atletas não acreditam em alguma mudança.

Os praticantes de ambas as modalidades pensam que o ocorrido pode denegrir a imagem do esporte, por serem pouco difundidas no país, mas todos os ouvidos, mesmo os que não geraram uma opinião formal sobre o ocorrido, tem plena convicção de que essa foi uma atitude correta que só através da moralização do esporte é que poderão ser feitos grandes patrocínios e assim iniciando uma nova era. Muitos jogadores têm esperança no futuro das modalidades e que esse futuro só virá quando o esporte deixar de ser visto como um esporte exclusivo da colônia japonesa.

A CBBS alega que o futuro do Baseball e Softball dependem da iniciativa de todos que estão envolvidos, que infelizmente esportes amadores como estes não tem a atenção devida da mídia e assim não conseguindo grandes patrocínios. Com o corte das modalidades do Programa Olímpico a ajuda do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foi retirada.

È importante salientar que a melhor colocação do Brasil em disputas internacionais foi na Copa do Mundo de Baseball, disputado em outubro de 2003, onde quase ganhou da anfitriã Cuba (3x2), a seleção brasileira foi aplaudida em pé por todo estádio em respeito ao esforço e superação que demonstrou em campo.

O futuro do Baseball, e principalmente do Softball, nacional continua sendo uma incógnita, denúncias, processos, busca por investimentos e moralização são as marcas do inicio de uma nova era, muito já se foi dito e especulado, porém, ainda há muito a ser debatido quanto ao destino destas modalidades

“Vejo um futuro aonde atletas poderão jogar fora do país sem pagar 50% pra CBBS. Um futuro aonde a verba destinada ao esporte vá para o esporte e não para a abertura de bingos clandestinos, compra de minério de ferro, gastos exorbitantes, etc. Quero respeito com os atletas (...) e incentivo nas crianças. E especialmente no Softball. (...)”
(Maria Fernanda)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Do Orinte ???? Para o Ocidente



A indústria nipônica é muito criativa e com o surgimento de convenções de ficção científica nos Estados Unidos logo surgiu o Cosplay.
O Cosplay é um hobby em que pessoas se fantasiam, principalmente, de personagens de quadrinhos, games e desenhos animados japoneses. Uma das principais características do Cosplay é que o praticante interpreta o personagem caracterizado, reproduzindo os traços da personalidade. O hobby costuma ser praticado em eventos que reúnem fãs desse universo, como convenções de anime e games.
Jones Francisco tem um vídeo no Youtube que esta fazendo uma apresentação de Cosplay, ele é frequentador do Anime Friends e coleciona mangás e diz “o Anime retrata o di-a-dia e é uma forma de expressão”.
Anime Friends é um dos maiores eventos na América Latina, relacionado diretamente a animes (desenhos japoneses), sua primeira edição foi em 2003, e ocorre no mês de julho na cidade de São Paulo. Além de reunir milhares de pessoas o evento traz diversas atrações, como: concurso de cosplay, ilustração, show de bandas – cantores japoneses e nacionais.
O Cosplay chegou ao Brasil por volta de 1996, junto com a primeira convenção de animes do país, mas para a Juliana, uma jovem que trabalha em uma loja de games orientais, “o Cosplay não é uma novidade”, pois ela é mestiça e foi criada em meio à cultura oriental. E ela diz que “hoje o Cosplay já é moda, pois muitas pessoas que não entendem a essência participam”.
A cultura oriental esta ganhando cada vez mais espaço; as lojas, as publicações e profissionais especializados no hobby, estão criando uma indústria do cosplay no Japão e no Brasil.
Como no Cosplay são lançados produtos que vêm direto do Japão, Robson e o Stevano dizem que “o Cosplay é mais do que divertimento é atualização”.
Como esse mercado esta crescendo cada vez mais na América Latina, muitas lojas daqui do Brasil também levam seus produtos japoneses para vender no Anime Friends.
A Shinozaki uma das pioneiras e que é referência na venda de Card Games não só leva seus produtos para o evento como já promoveu campeonatos. “Os Card games são comprados, principalmente, por colecionadores” diz Paulo Henrique, gerente da loja ao mostrar Card games de até quatrocentos reais.

Com vocês também: Dinocrildes!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Virada Cultural: Classicamente Underground

Neste mês foi realizado o evento cultural anual, na cidade da São Paulo, a Virada Cultural. Com diferentes eventos culturais de diversas culturas divididas pela cidade, todos gratuitos, o evento costuma agradar gregos e troianos.

Este ano a Virada Cultural foi nos dias dois e três de maio. O evento se espalhou por toda cidade de São Paulo. Shows e apresentações se espalham, porém sempre são programados nos locais de maiores públicos. Os palcos de forró e de pagode, estavam na zona sul (a maioria), enquanto no centro é mais fácil escutar músicas underground e clássicos.

Por falta de pessoal não foi possível uma cobertura completa. O centro da cidade, vários palcos, diversos tipos de músicas e mais de um milhão de pessoas ouvindo. Há dois anos houve um grande problema na VC (Virada Cultural), por causa de brigas que aconteceram entre os shows. O evento coberto pela Folha de São Paulo no mesmo ano.

Apesar dessa má fama, ainda permaneceste na memória dos moradores da cidade, esse ano a virada terminou com um número bem menor de casos de violência, mas com polícias e ambulâncias de plantão. De acordo com jornais, e sites mais de quatro milhões de pessoas distribuídas em toda cidade, assistiram o evento cultural.

No centro dois grandes palcos tornaram-se as principais atrações. O primeiro foi o palco “20 anos sem Raul”. Bem interessante. Apenas um tipo de música nesse palco: os clássicos rock das décadas de 60 até começo dos anos 90. A maioria das músicas foram tocada por outras bandas, ou com os membros da banda que ainda tocam e substitutos. Mesmo assim o show continuou agradando seu público.

No final do show de “sábado” (entre aspas, pois já eram 10h da manhã de domingo), o filho do Raul Seixas foi ao palco com a banda do pai tocar ao vivo as “músicas que estão no sangue da família”. Foi realmente “encerrar com chave de ouro” neste palco. Por serem apenas clássicos do rock, esse haviam públicos de diversas idades.

O segundo palco, o Underground, foi um assunto diferente. Enquanto no primeiro havia pessoas de todos as idade esse era um público mais jovem, se comparar com o primeiro. Bandas independentes, do “submundo”. Bandas raras de tocarem em um palco grande. Muitas deles foram reunidas em um único palco, uma única noite.

Entretanto, todas as bandas desse palco, não deixam de ser Brasileiras, por isso falam sobre assunto e problemas brasileiros. A Meia noite começou as undergrounds, com a Camisa de Venus. Depois foi a vez da banda Velhas Virgens, a maior banda independente brasileira, e como sempre eles detonaram. Diferente de suas apresentações, em openbar e, dessa vez não ouve atrasos e suas apresentações foram mais leves.

Com suas músicas machistas e sobre bebedeiras os Velhas Virgens foi uma grande atração. Como disse Jorge (um fã de bandas underground) “eles são muito ruins [os Velhas Virgens], ma s são tão ruins, que no final tornam eles bom a ponto de até as mulheres gostarem de deles”. Abrindo com a música “Siririca Baby”, como o vocalista (Paulão) usando sua fantasia de pirata, seguido de seus maiores sucessos, como “Abra suas Pernas” e “Só para te comer”. Depois de um show mais light a banda encerrou e começou uma pausa de duas horas no show.

Mas esperar por tanto tempo valeu apena, pois depois de ter a maior banda independente no palco, foi a vez dos cariocas terem sua vez na cultura underground com a banda Matanza.

Matanza faz musicas que misturam música country, com rock e um estilo brasileiro. Uma mistura estranha, mesmo assim o resultado eles foram uma das melhores palcos com seus sucessos “Ela roubou meu caminhão” e “Clube dos Canalhas” e “Bom é quando faz mal”. Infelizmente seu tempo foi muito curto, por isso sua ultima música, “Estamos todos bêbados” foi tocada apenas no refrão, para terminar o show.

A Virada Cultural também conta com orquestras, peças de teatro, operas. Pode-se dizer que há uma cultura para cada tipo de brasileiros. No final as maiorias dos presentes na virada concordaram, o evento cultural está melhorando a cada ano, principalmente no conteúdo. Agora a próxima é só no ano que vêm.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Entrevista - Grafiteiro Kobra



Agradecimentos ao
Eduardo Kobra

Malaguetadores
Repórter: Marisa Teles
Câmera man: Ricardo
Edição: Josiel

*Câmera da Ligia

domingo, 3 de maio de 2009