quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lições...

No dia em que eu morrer, não será um dia especial, não haverá luto nacional tão pouco manifesto global, pelo contrario muitos soltarão fogos, mas tirando algumas comemorações será um dia normal, de sol ou de chuva, particularmente tenho preferência pela chuva, muitos vão trabalhar e não vão notar, outros irão comparecer sem conseguir entender.

O engraçado no dia em que eu bater as botas será ver aqueles pobres infelizes tentando carregar meu caixão, se vivo já era um peso morto vocês imaginem realmente morto! Mas fica registrado desde já que pretendo perder alguns quilinhos até este dia fatídico, torçam para que este dia seja uma segunda feira.

No dia em que eu vier a falecer, meus parentes ficarão muito tristes, afinal não haverá herança alguma, quem sabe um ou outra conta para eles pagarem. Mas se eu parar para pensar um minuto, vou descobrir que mesmo estando a sete palmos abaixo da terra não estarei sozinho, afinal confiei meu coração a todos meus verdadeiros amigos, esse será meu singelo legado.

Quando eu passar desta para melhor será que terei outra chance? Será? Acredito que não, afinal a vida só se vive uma vez, por isso pretendo aproveitar. Quem sabe quando eu esticar as canelas irei aprender a dar valor a vida, que deveria ter aproveitado cada segundo que me era dado. Mas agora próximo ao fim; um dia, uma semana, um mês ou um ano tanto faz, começo a entender que viver para sempre não teria a mínima graça.
(Samy Silva 15/04/09)

Mais um!

Queria esperar mais pra dar continuidade às charges, mas acho que o momento é oportuno pra falar da imagem do nosso Congresso!

sábado, 18 de abril de 2009

Apresento-lhes Dinocoldo!

Há anos tenho essa personagem em mente, e já até havia criado algumas tirinhas e charges.
Enfim, eis a primeira publicação da Dinocoldrix!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Genéricos x Convêncionais

“Genéricos X Convencionais”

Como a maior parte da população que necessita do consumo diário de medicamentos já comprovou, os medicamentos genéricos vieram para dar um suspiro de alívio ao bolso da população. Depois de um olhar altamente desconfiado da critica e longos e complicados debates sobre a qualidade, os “temidos” medicamentos genéricos estão abocanhando cada dia mais, uma parcela do mercado. Com margens de economia que podem chegar a 40% em relação ao valor dos medicamentos convencionais, os genéricos chegaram para ficar.
Mas será que esses medicamentos são realmente iguais aos convencionais? A farmacêutica Karina da Silva (28), falou um pouco sobre suas diferenças, afirmando não há diferenças entre os medicamentos genéricos e os convencionais, ambos têm as mesmas características e efeitos sobre o organismo. Explicou que todos os genéricos passam por testes de Bioequivalencia, que servem pra comprovar se dois produtos de forma farmacêutica idênticas são absorvidos igualmente e ao mesmo tempo pelo organismo.
Sobre a diferença dos preços entre os medicamentos genéricos e convencionais, Karina falou que envolve muitas coisas desde incentivos fiscais, baixo custo de propaganda, não há custos com pesquisas etc.
Nas ruas as pessoas aproveitam o valor mais em conta para escapar da sombra da crise, será que essas pessoas têm noção da mudança que estão fazendo? Ou será que estão consumindo os genéricos apenas por serem mais baratos? A aposentada Nair Xavier (81), consome onze medicamentos diariamente, onde, apenas três medicamentos são genéricos, pois alguns medicamentos que necessita ainda não são produzidos genéricos. Mesmo com esse pequeno consumo de medicamentos genéricos a aposentada faz uma economia cerca de 30% ao mês.
Para comprovar o valor do mercado dos medicamentos genéricos, o comerciante de medicamentos Daniel Yasunaka (25) avaliou o mercado afirmando que os genéricos ainda não dominaram o mercado, pois ainda há muita desconfiança sobre sua eficácia e qualidade, mas que passam por diversos testes de qualidade e segurança. Ressaltou também a existência de outro tipo de medicamento, os medicamentos similares e explicou as diferenças dizendo:
“Medicamento genérico é o medicamento que não possui um nome comercial próprio, ele usa o principio ativo do medicamento e a marca do laboratório, já no caso do similar o medicamento possui um nome próprio de venda, é uma cópia do medicamento de referência com um nome próprio.”
Daniel completou dizendo que antes da chegada dos genéricos as multinacionais dominavam o mercado e dominavam o mercado, sendo assim após a chegada dos genéricos as empresas já não conseguem monopolizar o mercado, fazendo com que seja possível repassar o medicamento com um preço mais acessível, atingindo as pessoas que precisam consumir diariamente medicamentos.
Os medicamentos genéricos são uma realidade de mercado, são opções para os cidadãos economizarem em tempos de crise, olhares desconfiados sempre irão existir, o que não podemos deixar acontecer é que nossos medos pelo novo nos prejudiquem. Lembrando que qualquer tipo de medicamento, exceto os de venda livre, seja de marca, similar ou genérico deve ser vendido mediante prescrição médica. A auto medicação é uma prática perigosa.

(Samy Silva)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Crianças do Trânsito



Lá está o garoto sentado no ponto, esperando o próximo ônibus. Nas mãos uma caixinha de papelão cheia de balas e saquinhos de amendoim japonês. Quem toma ônibus nas proximidades do Terminal Capelinha ou Shopping Campo Limpo já o conhece de vista pelo menos desde 2007.
Há muito tempo penso em falar com ele. Tomei coragem e fui. Comprei uma balinha pra conquistar sua confiança, mesmo sabendo que assim colaborava com a proliferação do trabalho infantil.
Chama-se Tiago e disse-me que trabalha sempre de tarde e à noite, pois das 7h ao meio-dia fica na escola. É bem provável mesmo, pois está sempre com calça de uniforme escolar municipal. Também contou que tinha 12, quase 13 anos.
“Depois de amanhã [domingo] não trabalho, mas amanhã, sim”, disse com um ar sério, como um adulto já acostumado ao dever.
Quis saber se ele conhecia e conversava com as outras crianças que também trabalham da mesma forma naquela região. Não só conhecia como duas delas são suas irmãs mais novas. A propósito, essas duas podem ser vistas trabalhando até a circulação das últimas linhas, cerca de meia-noite.
Uma semana depois, fazendo baldeação do Terminal Capelinha, vi uma delas entrando num ônibus com sua caixinha. Dessa vez não tinha dinheiro pra comprar algo, mesmo assim puxei assunto. Disse que conhecia o Tiago e perguntei por ele. Ela toda sorridente respondeu que hoje ele não trabalhou. Será que então eles se revezavam nos dias de trabalho? Não, ela disse que hoje era uma data especial para ele, o que logo me fez concluir que era seu aniversário de 13 anos. Revezam apenas os horários de serviço, pois ela estuda à tarde.
Agora que ela já estava totalmente simpática, com aquele olhar brilhante de criança, mandei os parabéns e, como quem não quer nada, indaguei-lhe onde compra os doces. Segundo ela, sua mãe os compra em Santo Amaro ou no Capão Redondo mesmo. Moram próximo ao ponto final da linha Jd. São Bento, a mesma em que estávamos.
“Meu irmão faz até 90 reais por dia”, contou toda orgulhosa quando perguntei se conseguiam bastante dinheiro com as vendas. Fazendo as contas, é muito dinheiro. Ainda quis saber sobre seus pais, mas apesar de jovem, a menina entenderia o que queria com aquela pergunta e não responderia honestamente. Apenas consegui saber que seus pais não trabalham vendendo doces em ônibus.
Despediu-se com doçura, perguntando meu nome. O dela é Jenifer. E com um tchauzinho desceu do ônibus e atravessou a rua pra esperar o próximo.
Ao contrário do que geralmente se vê sobre esse assunto na TV e jornais, essas crianças trabalham com vontade e alegria. Cumprimentam e batem papo com todos os motoristas e cobradores. Por vários momentos, parecem se divertir, como se tudo fosse uma brincadeira. Parece ser um caso diferente. Mas também não dá para saber se essas crianças têm consciência do que estão passando, e se daqui a alguns anos vão pensar que eram INfelizes e não sabiam.
Mas nem todas as crianças trabalham felizes. Érica Campanha, 20, conta que uma vez presenciou uma cena triste num ônibus que passava próximo ao Shopping Fiesta. Um menino distribuiu seus doces aos passageiros já com uma cara de quem ia recolhê-los sem vender nada. E foi de fato o que aconteceu. Antes de sair, choramingou e se lamentou. Uma moça perguntou ao garoto o porquê daquele desânimo, e o menino cabisbaixo respondeu que ia apanhar da mãe por não trazer nada pra casa. “Era uma tristeza tão profunda, tão forte, que fazia me sentir como ele”, comenta Érica.
Fui conversar com alguns motoristas que vivem diariamente essa questão. Todos são opostos ao trabalho infantil. Segundo eles, todos os motoristas e cobradores acham errado uma criança ter de trabalhar, mesmo estando na escola.
“Se trabalhar não vai se dedicar à escola”, afirma Valmir Silva de Almeida, motorista. Contou que hoje sua filha mais nova tem 16 anos, mas, quando criança, jamais a colocaria pra trabalhar.
Apesar de a maioria ser contra o trabalho infantil, não há nenhum que não abra a porta para as crianças.
Segundo outro motorista, Jone Oliveira, a responsabilidade também deveria ficar com a fiscalização. O comércio dentro dos ônibus, independente se for realizado por crianças ou adultos, é proibido e acarreta multa ao motorista que infringir a lei. Jone já viu o rapa agir contra adultos e apreender suas mercadorias, mas “nunca vi recolherem nada de criança”.
A fim de saber como deveria funcionar a fiscalização, busquei ajuda de Fátima Lopes de Oliveira, assistente social do Fórum de Santo Amaro.
Estão ocorrendo algumas ações da prefeitura, mas nem sempre são totalmente efetivas. O que pode ser feito também é denunciar esses casos ao Conselho Tutelar.
Quando a ação funciona, profissionais visitam a família, e, dependendo da situação, o Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), pode oferecer um auxílio financeiro de cerca de 40 reais por mês desde que a criança esteja na escola e não trabalhe.
Em outros casos, as crianças são levadas à Vara da Infância e encaminhadas a um abrigo. Isso ocorre principalmente quando há agressão por parte dos pais.
“Devido aos maus tratos, algumas dessas crianças fogem de casa e vivem nas ruas, entregues ao crime e às drogas”, explica Fátima. “Fora de casa, também são explorados pelo ‘Pai da Rua’, que os alicia e lhes exige cerca de dois terços do dinheiro obtido. Além, claro, de os encaminhar às drogas”.
Na última semana, Fátima entrevistou uma família que havia sido denunciada há dois anos pela Associação dos Moradores do Jd. Sta. Lúcia. A mãe de cinco crianças foi acusada de forçá-los a trabalhar. A própria mãe nunca trabalhou, vivia sustentada pelos filhos e pelo marido que era pintor.
Desde cedo, pôs seus filhos para trabalhar em faróis. Nenhum deles foi além da 4ª série, e hoje estão todos crescidos. A mais velha foi a única que não trabalhou na infância, pois fora criada pela avó. Porém, os demais sempre trabalharam. Dos cinco filhos, três são mulheres, e todas engravidaram na adolescência. A mais nova, hoje com 15 anos, tem uma filha de dois meses, cujo pai é outro jovem que também trabalha em faróis.
A mais velha, hoje com 22 anos, disse na frente da mãe que jamais colocaria sua filha de 5 para trabalhar.
“Isso é pra se ter uma noção de como uma mãe negligente pode acabar com o futuro dos filhos”, encerra Fátima.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Bela jogada desenhada pelo Grafite

Vocês se lembram do atacante Grafite?

É aquele mesmo que se destacou no São Paulo em 2005.

Os corintianos também se lembram. Em 2004, Grafite fez os gols no empate do Tricolor contra o Juventus. Esse resultado evitou que o Corinthians caísse para a Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

Pois então, esse mesmo jogador era tratado por todos como um atleta médio, muito esforçado mas de pouca técnica.

Hoje ele joga no Wolfsburg da Alemanha; é companheiro do, também, ex-sãoapulino Josué

Mas ontem ele mostrou que não é tão ruim quanto dizem. Pela vigésima quinta rodada do Campeonato Alemão, o atacnate fez um gol de placa na goleada do seu time sobre o todo poderoso Bayern de Munique.

Posso dizer, com o perdão do trocadilho, que com essa jogada Grafite escreu seu nome na história.

Ps: Grafite é artilheiro da competição com 20 gols.



Música boa não tem hora



Entorpecidos.

Momento Merchan

Já que nosso companheiro, Samy Silva, fez uma leve propaganda de seu blog aqui neste espaço, parei, pensei e me perguntei: Será que eu faço uma também?

Brincadeiras a parte, quem tiver afim de ler uma história sobre futebol ou sobre qualquer coisa, acessem e comentem:

http://ojogodenossasvidas.blogspot.com/

Não sou bom escrevendo, apenas tento.