quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Nova Carreira de Maradona

Calma! Leitores do blog mais influente de 2008 (risos). Não é nada disso que muitos devem estar pensando. Diego Armando Maradona, segundo a AFA (Associação de Futebol Argentino), agora é o novo técnico da seleção argentina. Don Diego já teve outras oportunidades para treinar times: a primeira foi o Deportivo Mandiyú no qual Maradona permaneceu por 2 meses e a segunda foi à frente do Racing onde Dieguito permaneceu por 4 meses.

Analisando o comportamento do ex-craque argentino dentro de campo, é fácil ver que ele não tem nenhuma qualidade para ser técnico. Quando jogador era desequilibrado, indisciplinado, e foi pelo envolvimento com as drogas que Maradona abandonou o futebol. Mas uma coisa é certa, muitos argentinos querem ver Dieguito a frente da seleção.

Don Diego será apresentado como novo técnico da seleção argentina nesta quinta-feira, segundo nota do site oficial da AFA. Maradona substitui Alfio Basile que pediu demissão da seleção no último dia 16, um dia depois da derrota para o Chile (1 x 0), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

domingo, 19 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

Muito além do seqüestro que acabou mal

Terminou a pouco um dos seqüestros, em cárcere privado, mais estranhos e dramáticos do estado de São Paulo. É do conhecimento de todos que, Lindemberg Alves, de 22 anos, acabou baleando sua ex-namorada, Eloah, 15 anos. A adolescente está internada em estado grave, corre rico de vida por causa de um namorado ciúmento e inconformado com o fim do romance

Fora todo o drama e o shw que envolveram este seqüestro, eu prefiro analisar de uma outra forma. Como que uma menina de 15 anos, recém saída da infância, matém um relacionamento com um homem de 22 anos. Pelo pocuo que sei, o namoro dos dois começou quando ela 12 e ele 19 anos de idade. Me desculpem, mas acho isso um absurdo.

Isso é reflexo da falta de instrução decente aos brasileiros. Falta eudação, faltou inteligência e sobrou ignorância a família dos dois em permitir o namoro. Eu sou do tempo, nem tão distante assim, em que crianças bricavam de jogar bola, de esconde esconde, jogar video game, brincar de boneca, casinha. As crianças bricavam de namoro de brincadeira.

Certamente se as família fossem mais instruídas, não permitiriam um absurdo, quase um ato de pedofilia. Eu não critico a polícia, não critico o "ex-casal", eu critico sim, repudio, a família, somente a família. Se quando os dois se conheçeram, os pais agissem energicamente contra o relacionamento, a situação chegaria a esse ponto? Certeza abslouta que não.

A ignorância de alguns permitiu a desgraça da vida de quem, ainda não tem discernimento sobre seus atos. O conceito de família, as crianças pulam etapas durante a vida. Sei que os familiare, que hoje sofrem, dividem a culpa com uma sociedade e um sistema educacional falido, que não permite os brasileiros terem uma boa formação.

Agora é muito fácil criticar o seqüestrador, ou a adolescente. Quero ver críticas as famílias, que tem o dever, ou tese tinham, de zelar pelos seus filhos, intervir nas atitudes de seres que agem por impulso, que acham que são adultos, mas não passam de crianças. Mas é demais cobrar atitude de quem não estrutura moral e psicológica para constiuir um lar. É um problema muito além de paixão, locura ou desejo, é pura falta de estrutura familiar.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Faltou Civilidade

Já vi briga de irmão, já vi briga de casal, de partido políticos, de classes sociais, briga de bandidos, mas hoje foi a gota d'água. Hoje eu vi policial entrando em confronto com policial. Não quero entrar no mérito do motivo que levou a situação chegar a esse ponto, pois para mim não há motivo suficiente que justifique a cena surreal que presenciei.

Foram deslocados para os arredores do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, centenas de policiais militares. Eles fora lá para agir contra bandidos? Não, foram lá para coibir a manifestação da Polícia Civíl, que há puco mais de um mês está em greve. O confronto foi inevitável, a tropa de choque foi obrigada a agir, atirando balas de borrachas e bombas de efeito moral contra os grevistas.


Assim é o Brasil, se as polícias, que deveriam nos defender, protagonizam essas cenas inacreditáveis, coitados de nós. Agora entendo porque falam que Deus é brasileiro, só assim mesmo para termos um pouco mais de proteção.

sábado, 11 de outubro de 2008

Um velho homem jovem

Nunca desista de seus sonhos. É esse manjado jargão título de livro de auto-ajuda que define uma das mais impressionantes almas que conheci.
Como qualquer boa história, não surgiu numa circunstância de alto nível ou num encontro de intelectuais, se bem que até poderia ter ocorrido nessa última suposição.
Conheci José Antônio no ônibus, voltando pra casa cansados como em todos os dias. Estava com meu amigo Josiel e sentamos de frente pra ele, conversando sobre trabalho infantil e violência. Como o destino parecia ter reservado, José entrou no assunto, e logo viajamos pelas mais diversas atualidades.
Como se já não fosse suficiente voltar pra casa com uma boa conversa que faça passar o tempo, conheci coisas fantásticas sobre aquele homem.
De início já havia notado suas feições interessantes. Um sorriso humilde, com o canino esquerdo faltando e um olhar que parecia cansado e com um brilho que contrastava estranhamente com as expressões de alegria que surgiam durante a viagem.
Ele nos contou que trabalhava com jardinagem, e que de vez em quando procurava outras formas de se arranjar dinheiro. O ritmo subordinado paulistano não agradava nem um pouco a mente desenvolvida daquele pernambucano.
Dentre uma de suas maneiras alternativas de fazer dinheiro está a arte. Tirou de sua bolsa umas folhas de papel canson com desenhos fantásticos. Nunca vi traços tão bem feitos como os dele. Desenhados à carvão estavam os rostos de Glória Menezes e Tarciso Meira. Adoro arte, e desde pequeno me fascino por desenhos em preto e branco. Sempre quis saber desenhar rostos, mas o máximo que posso é desenhar animais e fazer pouquíssimas caricaturas. De todos os retratos feitos à mão, nunca vi algo tão perfeito. Nunca vi tantas expressões perfeitamente trabalhadas! Não há dúvida de que aqueles simples traços à carvão revelam mais detalhes do que uma moderna câmera digital.
Fascinado com o que via, despedi-me de Josiel, que devia descer no próximo ponto. Agora conversava sozinho com José Antônio. Não exatamente sozinho, pois o ônibus todo já estava emitindo diversos “ohhhhs” de admiração pelos retratos vistos. Enquanto conversava com ele, sentia que o assunto era acompanhado por muitos passageiros, que esqueciam a TVO para assistir minha entrevista com aquele artista.
Sabia que um homem que desenhava daquela forma também possuía mais qualidades. Logo perguntei se sua sensibilidade era somente para arte ou para mais alguma outra coisa. E como já esperava, a resposta foi sim.
Quando era criança, ainda em Pernambuco, José viu a chegada do homem à lua pela televisão. E por incrível que pareça, aquele jovem não ficou excitado em ver Neil Armstrong pisando em outro corpo celeste, mas sim com as conversas em inglês dos astronautas e sua base na Terra. Assim ficou fascinado pela língua estrangeira, definindo como uma meta para sua vida alcançar a fluência em outros idiomas.
O mais fantástico (e o que faz jus à primeira frase desse texto), é que mesmo sem cursos, José hoje fala inglês. Após vinte anos olhando em dicionários, lendo livros e observando outros conversarem, atingiu sua fluência no idioma. E não satisfeito (como todo grande homem é) ainda aperfeiçoa hoje o espanhol, francês e alemão. E contou-me que também quer aprender o hebraico.
Ora, tanta vitalidade não é comum nem em jovens, quanto mais para um homem de quase cinqüenta anos. Já cansei de ver pessoas conformadas, fracas, abandonando seus sonhos. E pessoas com mais de quarenta anos raramente ainda mantém sonhos grandes. Mas uma pessoa excepcional nunca envelhece. Enquanto você ainda está disposto a aprender mais, e sempre estar apto a mudar de opinião, você ainda é jovem.
Todo aquele que é realmente jovem vive como um romântico sonhador. Só os velhos se tornam conformados e vice-versa, não sendo raro encontrar velhos de vinte anos.
Mais impressionante ainda, José Antônio sonha muito mais alto. Quer dar aula na Universidade de Cambridge. E apesar de ser considerado lunático por muitos, sei que não se acha velho pra isso. Mesmo não possuindo nenhum curso superior, apenas o 2º grau.
Num outro dia, encontrei novamente com ele no ônibus. Em alguns meses, encontrei-o quatro vezes em minhas voltas pra casa. Na última não passamos muito tempo juntos, de modo que nossa conversa foi pouca. Mas as três primeiras vezes foram se tornando gradativamente mais absurdamente interessantes.
A terceira vez foi definitivamente a mais interessante. Tinha mostrado pra ele um texto meu sobre a relação de homens e mulheres. Das dezenas de trechos que ele poderia ter escolhido pra ler, escolheu justo e meramente a que dizia que alguém pode apaixonar-se diversas vezes na vida, e sempre pela mesma pessoa. José me disse que aquilo era bem verdade, e que já o havia vivido. Instintivamente perguntei se ele era casado, mas respondeu-me que ela morrera. Isso foi uma facada em mim. Logo entendi o porquê de seu olhar parecer sempre meio cansado e contrastar tanto com seu sorriso. Havia nele a dor de quem já perdeu o que teve de melhor, e que vivia com algum amargor. José viveu com sua amada nos anos em que esteve na Inglaterra, trabalhando também como jardineiro, e sobretudo, tornando-se fluente no inglês.
Fiquei absolutamente louco para saber mais dessa outra história. Mas não conseguia voltar ao assunto, até porque Josiel já o desviara. Depois que meu amigo desceu do ônibus, tentei retomar minha curiosidade.
Comecei a falar sobre o romantismo de cidades inglesas e perguntei se ele já tinha o curtido.
Lógico que sim, e justamente com aquela moça. Imerso em curiosidade, pedi desculpas e perguntei qual a causa da morte dela.
Respondeu-me em inglês:
- Remédios.
- De quê?
- Dor de cabeça e antidepressivos. Eu dizia que aquilo faria muito mal a ela...
Com os olhos voltados para cima, José me contou como foi que a perdeu.
- Ela era linda, muito linda...
E me disse que num certo dia ela pediu para que ele dormisse na casa dela, pois não estava sentindo-se muito bem. José lá dormiu, mas teve a pior surpresa de sua vida ao acordar. Encontrou-a fria na cama.
- E ver o amor da sua vida morto não é fácil, você não consegue acreditar – disse-me com os olhos notadamente marejados.
Gostaria muito de saber o nome dela, mas isso não importava, eu não conseguia mais continuar naquele assunto. Era tudo muito forte, sentia um nó doloroso em minha garganta. Certamente ele ainda a ama. Mesmo mais de vinte anos após perdê-la, ainda possui o mesmo sentimento intenso por ela. Enquanto escrevo volto a querer chorar por ele, por essa injustiça ocorrida.
Tal fato só me fez aumentar a admiração por ele. Imaginei assim por que ele havia voltado ao Brasil, mesmo tendo ele afirmado que foi por alguns amigos que haviam dito que o Brasil era então um lugar melhor pra se viver.
Não sei se o caro leitor me compreende quando me refiro ao espírito de juventude que faz parte de algumas pessoas desse mundo. Mas José Antônio provou ser a pessoa que conheço cuja alma abriga com mais intensidade esse espírito. Um homem apaixonado e com sonhos, e já com cinqüenta anos.
A maior prova de juventude e força que já conheci. Realmente a minha inspiração, meu Herói anônimo, uma das luzes que ilumina esse mundo chato, burro e sem esperança.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mídias Alternativas

Eis aqui a prometida matéria com Ziraldo e Guto Lins sobre o conceito de alternativo e rumos dessa mídia.
Com estréia dia 07/10/2008 - durante o seminário sobre História do Jornalismo -, eis aqui o vídeo.