segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Retalhos e Farpas

O besouro de Liverpool pode descansar em paz agora
 Finalmente o Papa perdoou John Lennon. Em 1966, Lennon disse que os Beatles eram mais conhecidos que Jesus Cristo, espero que o garoto de Liverpool possa finalmente estar em paz agora que está perdoado.

Presente do Noel:
 O Natal de muitos será gordo esse ano, é claro que não estou falando do seu que vai viajar. O pedágio da Fernão Dias e da Régis começará a ser cobrado já em dezembro.

Como um lobo cuidando de cordeiros:
 Atenção, nunca deixe um rato cuidando de queijo, muito menos um macaco cuidando de bananas. Um caminhão bateu na zona sul de São Paulo. O carregamento : 8,5 toneladas de maconha.

Cannabis, ativar!
 Um estudo da Ohio University constatou que algumas substâncias da cannabis sativa pode preservar a memória durante o envelhecimento.

Wacken 2009
 O maior festival de metal do mundo estará no Brasil em 2009. Calypso ainda não confirmou a presença

Kane, denovo
Cidadão Kane, mais uma vez foi lembrado. A obra de Orson Wells que já foi vista 3 vezes até o infinito, sendo a ultima de trás para frente, foi eleita para estar em “cem filmes que uma cinemateca ideal”.

Wii are the Champion
 O console da Nintendo tem uma larga vantagem com relação ao segundo colocado, e parece que vai levar o troféu dessa geração de vídeo games, segundo a Game Spot. Lembrando que ele é o console mais vendido, porém o XBOX 360 vende mais jogos na relação VG x Jogos comprados (originais) por pessoa.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

TEMPO...

E ae pessoas^^ bom, estou postando um textinho de minha autoria, espero que gostem, comentem, mas nao me chinguem muito ta!??! hehe

Beijos e abraços

Quando éramos mais novos morríamos de medo daquelas bizarras formas criadas pelas sombras das arvores e o som do vento batendo em suas folhas. Hoje em dia um pouco mais velhos não é a sombra ou o som que nos dá medo nas arvores e sim, do que pode estar escondido atrás dela, o que nos assusta são os corações dos seres humanos.

Acreditamos que no começo não havia nada que nos fizesse distinguir as boas e as más pessoas, mas com o tempo poucas pessoas acabam ficando, algumas são dragadas pelo grito tentador da escuridão e outras simplesmente sumiram no percurso.

Apos poucos ou muitos invernos vividos e muitas batalhas da vida, muitas perguntas nos vem à cabeça, gostaríamos de saber por que nosso mundo está tão distorcido? Afinal de onde vem toda esta distorção?Por que há pessoas que são inconscientemente más? Por que é que as pessoas não sabem que o seu mal dói demais? Por que é que a humanidade existe? Seria apenas para estar em conflito com seu próximo? Por que existem pessoas que dominam e aqueles que são dominados? Por que ferimos uns aos outros?

Apesar de tudo isso os povos vão sobrevivendo, vão se adaptando. As pessoas têm fé na justiça, mas se escondem dos problemas que elas não entendem. O ser humano nunca aprende e nunca se incomoda em questionar o porquê das coisas. Quantas vezes não pensamos que algo será impossível de ser realizado? Este tipo de situação apenas acontece porque desistimos da idéia de sairmos vitoriosos antes mesmo de tentar. Muitos dizem que se temos a "força" para realizarmos algo, nos devemos fazer. Afinal se alguém não faz algo pensando que sua atitude não mudara nada, essa pessoa esta fazendo menos que nada. Mas, não basta apenas ter a "força" temos que ter força de vontade e coragem.

Na vida temos muitas batalhas, não podemos ganhar todas, existem várias formas de lutar e varias formas de escapar delas. Podemos lutar para salvarmos nossas vidas e quem nós amamos. Podemos lutar também para proteger nosso orgulho e nossa honra. Podemos escapar seguindo um propósito ou apenas sem ter nenhum propósito algum, o ser humano pode aproveitar a sua liberdade voando ou apenas flutuando.

Nossas vidas são curtas e passam num piscar de olhos para desperdiçarmos sem propósito e sem razão. Devemos aproveitar cada minuto que nos é dado da melhor forma possível. Não devemos escolher nossos caminhos pensando nos pecados que carregamos e sim devemos carregar nossos pecados no caminho que escolhemos. A existência humana comparada com os grandes acontecimentos do universo não passa de um piscar de olhos e mesmo assim em tão pouco tempo nos vivemos diversas emoções e situações não se deixe perder por causa de um olho fechado, veja o mundo com seu coração aberto e será feliz e afortunado.

domingo, 2 de novembro de 2008

Racismo é burrice

Pode parecer uma conclusão besta, mas por incrível que pareça, branco sofre racismo (de forma contrária, claro). É até compreensível, pois o racismo se tornou mecânico nas pessoas.
Estava com meu irmão no ônibus, voltando pra casa. Devido ao azar estávamos sentados nos últimos bancos quando três jovens se aproximaram. Dois negros e um branco (com aquele cabelo meio descolorido e com gel, bem ridículo…). Olhei pelo vidro traseiro pra ver se o outro ônibus que me leva pra casa já vinha.
– Bem que o Capão Redondo – nome do ônibus – poderia passar agora...
Nisso fomos abordados.
– Passa celular e carteira.
Nunca havia sido assaltado, não fazia idéia de qual seria a minha reação. Surpreso comigo mesmo, comecei a negociar. Não tinha nada na carteira, apenas documentos. E isso não é modo de falar, não tinha nada mesmo e deixei os assaltantes bem cientes disso. Lógico, tive de provar também. Depois de frustrá-los, pediram-me o celular. Nova cara de frustração.
– Porra, pode ficar. Isso aí não tem nem música.
Então chegou a vez do meu irmão. Nessa hora fiquei feliz por saber que ele tinha gasto o dinheiro, mas ainda havia quinze reais na carteira. Havia.
Depois de ter revirado todos os bolsos, os bandidos finalmente acreditaram que meu irmão não tinha celular em pleno ano de 2008. A cara de incredulidade deles foi ainda mais fantástica.
– Então vamos pegar os tênis!
Mais uma decepção. Fiquei até sem jeito por não poder ajudar minhas companhias. Um par de All Star velhos e outro par de marca genérica mais velhos ainda.
Infelizmente nenhum deles ficou conformado em levar apenas quinze reais pra casa. Isso dividido entre os três mal daria pra um “cafezinho”. Até porque ainda se descontaria quase metade da grana com as passagens. Talvez por isso, lembraram-se de pedir meu Bilhete Único.
Parece brincadeira, só que mais uma decepção. Porém, dessa vez eles só a teriam mais tarde. O bilhete não tinha mais do que cinqüenta centavos de crédito. Eu até avisei, mas eles não quiseram acreditar em mim. Vê se pode!
Decepcionado, um deles resolveu pedir o celular mesmo assim. Pedi o ship, claro. Como um legítimo gentleman do Capão, o azarado ladrão atendeu a meu pedido.
Olhei para o lado. A moça loura também havia sido roubada. Acredito que com ela obtiveram mais êxito; pelo menos é o que demonstrava a cara dela. Ao meu outro lado um cara ouvia música no celular. Aliás, já se despedia do aparelho. Porém, nada fizeram a ele. Acho que também quiseram me ver com cara de bobo pelo menos por uma vez.
Antes de irem embora, o líder deles disse:
– Quando você “ver” uns caras suspeitos assim. Não precisa inventar que vai pro Capão!
Nessa hora o sangue subiu, mas não fiz nada, óbvio. Apenas respondi:
– Mas eu moro no Capão!
Fizeram outra cara incrédula. Já tinha até perdido a conta de quantas vira aquela noite. Aonde mais eu poderia estar indo naquele ônibus?! Como eles não foram capazes de ter este raciocínio?
O pior é a burrice. Meu irmão com tênis e roupa velha, camiseta azul desbotada. Este outro pobre coitado com uma bermuda velha (já a tenho há mais de cinco anos!) e uma camiseta do Gandhi descosturada e suja de sorvete, que foi até alvo de comentário de um dos rapazes.
Afinal, por que assaltaram dois caras muito mal vestidos, sem dinheiro e com apenas um celular velho (e até rejeitado)? Por que diabos insistiram tanto em nos roubar?
Fomos assaltados por gente muito mais bem vestida do que nós, consternados irmãos. O que aparentávamos de ricos? Infelizmente apenas a pele bem clara, assim como daquela loira e ao contrário daquele sortudo ao meu outro lado, que foi embora ouvindo música ao celular e me consolando também abismado.
Sob qualquer circunstância, racismo é burrice.