É tanto tempo de Rogério Ceni no gol do Sâo Paulo.
São tantas viagens e o mesmo cara lá, embaixo das traves.
Foram tantos passeios entre o céu e o inferno.
No andar debaixo ele não se abateu, teve força para se reerguer.
Subiu ao imenso azul e conquistou o mundo.
No verde gramado vestiu vermelho, preto e branco.
Trilhou um caminho resistente feito aço.
Sorriu muito mais do que chorou.
Deixou os fantasmas e foi herói.
Os ventos o levaram longe.
Trocou o conforto de casa pela rotina de treinos.
Deixou de ser apenas um coadjuvante, foi o protagonista.
No papel principal ele se perpetuou.
Poderia ter ido embora, mas quis ficar aqui.
Não foi um esforço perdido.
Ano após ano esteve sobre o mesmo velho chão do São Paulo Futebol Clube.
O que ele descobriu?
Que um dia chegará ao fim.
Será o dia em que todos se lembrarão dos gols, das defesas memoráveis e dos troféus levantados.
Será difícil ver um jogo no Morumbi sem Rogério Ceni.
A cada pênalti, a cada falta, a cada gol sofrido, os são-paulinos vão dizer: Queria que você estivesse aqui.